quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Alguns Links sobre a EJA:




VALE A PENA LER!!!



 

BERNARDO, Renata. O Projeto de Alfabetização e Inclusão (PAI) na Associação de Proteção e Atenção Carcerária (APAC): possibilidade e limites. Monografia, 2004.


DE LIRA ROMANO, Raimunda. EJA e desenvolvimento Sustentável. Disponível em: http://www.cereja.org.br/arquivos. Acesso: 02 de set. de 2009.

Educação de Jovens e Adultos. Ministério da Educação. 1995.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa/Paulo Freire. Paz e Terra Ed., São Paulo. 1996.

HADDAD, Sérgio (coord.). Educação de jovens e adultos no Brasil (1986 – 1998). Brasília: Inep/Comped, 2002. (Série Estado do Conhecimento, 8).

LEMOS VÓVIO, Cláudia; DENIS IRELAND, Timothy. Construção Coletiva: contribuições à Educação de Jovens e Adultos. Ministério da Educação, Brasília, 2008.

FREIRE Paulo, Educação e Mudança. 9º Ed. Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1971.

STRECK, Danilo  R. A  educação  popular  e  a  re(construção)  do  público. Há  fogo  entre  as
brasas? Revista Brasileira de Educação. ANPED, Associação Nacional de Pós Graduação e
Pesquisa em Educação. Maio/Agosto. 2006, V 11, n 32, pg.272-284

MORIN, Edgar, Os sete saberes necessários à educação do futuro. 12º Ed, Cortez, São Paulo, 2007

MEC. Educação para jovens e adultos do ensino fundamental: proposta curricular – 1º segmento. São Paulo 2000.

Documentários de alunos da EJA


Esses documentários trazem relatos emocionantes de alunos da EJA. Esses alunos contam seus desejos, os motivos que os afastaram da escola e os que os fizeram retornar e suas dificuldades:
 

Resumo de alguns artigos interessantes sobre a EJA.


     (Ana Rita de Paula)
De modo geral, o artigo discute a questão do respeito que a sociedade precisa ter com as pessoas com deficiência. Respeito aos direitos de igualdade de oportunidades, respeito à acessibilidade em sentido amplo, respeito ao direito de todas as crianças terem suas capacidades desenvolvidas, enfim, as pessoas com deficiência devem ser respeitadas como parte da diversidade humana e da humanidade. O artigo define também que é importante entender a inclusão como um processo de construção de uma nova sociedade para todos, na qual inclusão não é a mesma coisa que integração ou inserção.
Educação de Jovens e Adultos trabalhadores no Brasil atual: do simulacro à emancipação.
(Sônia Maria Rummert)
O presente artigo vem ressaltar o destaque que o Governo Federal vem dando à Educação dos trabalhadores jovens e adultos do Brasil, atribuindo mais importância a escolaridade desta classe trabalhadora a fim de promover novos movimentos sociais.

Para ler o artigo na íntegra acesse o link:
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/viewArticle/10302

Educação de Jovens e Adultos: as dimensões políticas, profissional e pessoal na formação docente.
(Ana Cristina Silva da Rosa e Edna Prado)
O artigo se refere à formação docente na Educação de Jovens e Adultos, abordando as dimensões política, profissional e pessoal. Os resultados dessa pesquisa demonstram que a má estruturação desta modalidade não interfere no comprometimento destes educadores.
Para ler o artigo na íntegra acesse: http://redalyc.uaemex.mx/pdf/684/68411107.pdf

Declaração de Salamanca.
A Declaração de Salamanca trata basicamente dos princípios relacionados às políticas e práticas dentro da educação especial. Também apresenta procedimentos que visam a equalização de oportunidades para tais pessoas além de ser considerada um dos mais importantes documentos que defendem a inclusão social. Através dela, foi possível ampliar o conceito de necessidades educacionais especiais, incluindo além de crianças com necessidades especiais, como a maioria de nós se refere às crianças portadoras de alguma deficiência “diagnosticada”, também as crianças que estão passando por toda e qualquer dificuldade dentro do ambiente escolar ou fora dele.
A Declaração de Salamanca é de extrema importância para afirmar e ajudar a garantir que a inclusão realmente aconteça, mas como qualquer documento não deve somente ficar no papel. Os artigos presentes na Declaração de Salamanca devem ser colocados em prática em toda e qualquer instituição, seja ela escolar ou não. É preciso que toda sociedade compreenda que ninguém é igual a ninguém, todos somos especiais, e diferentes em todos os aspectos.
Você encontra a Declaração de Salamanca acessando: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf

Um pouco da História da EJA no Brasil.

                        
Na década de 30, a sociedade brasileira passava por grandes transformações, sendo uma delas o processo de industrialização e a concentração populacional em centros urbanos educação. O ensino básico acolheu setores sociais diversos, no entanto o governo federal ampliou uma educação elementar para todos incluindo a educação para adultos, principalmente nos anos 40, delimitando novos rumos para a educação básica para adultos.
Em 1945, com o final da ditadura de Vargas, com o recém término da Segunda Guerra Mundial e a ONU- Organizações das Nações Unidas alertando sobre urgência da integração dos povos visando à paz e a democracia a educação de adultos ganhou destaque, com a intencionalidade de aumentar as bases eleitorais no país para a sustentação do governo central.
Sendo assim, em 1947 a educação de adultos tomou forma de campanha nacional, sendo que se pretendia alfabetizar em três meses com a condensação do curso primário em dois períodos de sete meses, para em seguida cumprir a etapa de “ação em profundidade”, voltada para a capacitação profissional e o desenvolvimento comunitário.
No final da década de 50, houveram muitas críticas relacionadas à Campanha de Educação de Adultos, dirigidas às áreas administrativas, financeiras e pedagógicas, relacionadas ao curto período de alfabetização, a inadequação do método para adultos e às diferentes regiões do país.
Neste sentido, é imprescindível citar o pensamento de Paulo Freire, que assim como sua proposta de alfabetização de adultos, convergiram como a mola mestra para iniciarem-se os principais programas de alfabetização e educação popular que se realizaram no início dos anos 60, sendo que vários grupos de educadores pressionaram o governo federal para que estabelecesse uma coordenação nacional das iniciativas, resultando na aprovação do Plano de Alfabetização em janeiro de 1964, com o objetivo de difundir a proposta de Paulo Freire por todo o Brasil (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2005).
Graças a Paulo Freire e a sua pedagogia, o programa de alfabetização para adultos tiveram ótimos resultados. Este programa tinha a grande preocupação com os direitos humanos, contribuindo com cada cidadão sendo ele homem ou mulher.
Paulo Freire elaborou uma proposta de alfabetização de adultos concientizadora, onde o alfabetizador realizaria uma pesquisa sobre a realidade existencial dos educando junto ao qual iria atuar, ou seja, as palavras utilizadas no cotidiano do grupo para expressar essa realidade. Essas seriam as palavras geradoras, e a partir delas se realizaria o estudo da leitura como a da realidade, procurando expressar o universo vivencial dos alfabetizados, MEC (2006).
Esta proposta durou pouco tempo, pois com o golpe militar em 64, Paulo Freire foi exilado e os programas de alfabetização e educação popular foram ameaçados e assim reprimidos. O governo assumiu o controle, lançando o Mobral – Movimento Brasileiro de Alfabetização. Esse Material didático se expandiu por todo o Brasil com a intenção de alfabetizar, mas com o passar do tempo se tornou um material sem eficiência, sem sentido e problematizado MEC (2006).
Grupos dedicados a educação popular continuaram a expandir a proposta de Paulo Freire em pequenos e isolados vilarejos vinculados a movimentos populares, enquanto Freire seguia trabalhando no Chile e depois em países Africanos MEC (2006).
Diante deste fato e de muitos outros surgiram à preocupação com os direitos humanos, despertando a consciência e a responsabilidade social. Desta maneira, Comissão de Justiça e Paz de São Paulo lutaram contra as injustiças, participando de todas as lutas populares em prol dos perseguidos.
A comissão de justiça e paz lutou por vários movimentos, como pela anistia, contra a Doutrina de Segurança Nacional, contra a pena de morte, pela constituinte, entre outras. Também lutou pelos latino-americanos fugidos da ditadura vizinha do Chile, Argentina e Uruguai, com todos estes movimentos outras ONGs se juntaram em defesa da Educação dos Direitos Humanos (VÓVIO, IRELANDO, 2008).
Enfim em 1995, foi fundada a Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos no Brasil, uma entidade sem fins lucrativos, suprapartidária e supra-religiosa, com a finalidade a educação em direitos humanos e a uma sociedade mais justa, tendo em foco a democracia a justiça e a paz (VÓVIO, IRELANDO, 2008).
A partir de meados da década de 80, surgi estudos sobre o aprendizado da língua e a escrita lançando novos olhares sobre a prática de alfabetização. A argentina Emília Ferreiro se destaca entre os educadores dizendo que não se aprende baseado apenas na silabação, mas também pelos conhecimentos prévios que o educando trás dentro de si. Esta proposta começou a fazer parte recentemente nas propostas pedagógicas para adultos, onde são trabalhados com materiais didáticos que atribui mais diversidade de textos e propostas de escritas (MEC, 2006).
Contudo, diante de uma realidade de exclusão educacional, as pessoas que não tiveram acesso à escolaridade na idade correta, têm o direito à formação, ao conhecimento, à cultura, à emancipação, e à igualdade, exigindo escolas que lhes atribuam formação e dignidade humana.    
(Juliana Vasconcellos, monografia “Educação de Jovens e Adultos: a perspectiva do educando da Zona Rural)

O que é a EJA?


A educação tem como princípio básico promover a cidadania, atribuindo oportunidades no decorrer de sua vida, tanto na área profissional quanto na área pessoal.  Mas estes direitos não são levados a sério nas classes mais populares e com isso aumenta a desigualdade social se faz presente em nosso país. As crianças e adolescente no Brasil que vivem em situações precárias não têm este direito garantido, neste sentido necessitam trabalhar ou ajudar os pais no decorrer de sua infância, não tendo a oportunidade de estudar e de garantir um futuro melhor.
Cabe lembrar que estas crianças que hoje em dia já se transformaram adultos, já possuem família formada e passam necessidades por não terem freqüentado  a escola na faixa etária correta, muitos são trabalhadores, outros estão desempregados, justamente pelo fato de não possuírem escolaridade.
A auto-estima é um dos fatores importantes da volta à escola dessas pessoas que não tiveram esta oportunidade, por serem descriminados e sofrerem preconceitos no âmbito social, familiar e profissional. Vale lembrar que estas pessoas não tem escolaridade,  traz em sua bagagem de vida conhecimentos e cultura que muitas pessoas letradas não usufrui por não ter vivencia necessária ou até mesmo por não terem passado por dificuldades como ter que trabalhar para não passar fome.
No entanto é direito desses cidadãos conhecerem bem a língua que fala,  fazer uso dos direitos que são oferecido, reconhecer sua identidade, comunicar-se melhor consigo e com os outros, aprender novas técnicas, ou seja, ter as mesmas oportunidades que outras pessoas têm.
(Juliana Vasconcellos, monografia “Educação de Jovens e Adultos: a perspectiva do educando da Zona Rural)
<!--[endif]-->

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Perfil do Grupo

Érika Crema
Juliana Vasconcellos
Mariana Pellatieri
Marília Oliveira


Nosso grupo é composto por quatro estudantes de pedagogia do oitavo semestre da Universidade São Francisco ( Campus - Bragança Paulista), atuantes na área educacional como professoras.
O interesse pelo tema em questão surgiu durante a disciplina de EJA, ministrada pela professora Giovanna Azzi de Camargo, e também através do trabalho de conclusão de curso de uma das integrantes do blog. (Jú)

Partindo do pressuposto de que a educãção de jovens e adultos é pouco discutida durante a graduação em Pedagogia, convidamos vocês para refletir conosco sobre os sentidos e significados da inclusão dos jovens e adultos na sociedade. Através de uma análise das implicações da noção de educação incluiva, considerando que a inclusão escolar dos jovens é parte integrante de uma inclusão mais ampla, que é a inclusão social. Consideramos importante que todos conheçam a legislação e as políticas públicas direcionadas à EJA, onde é necessário reconhecer as características e necessidades do público atendido discutindo a diversidade no processo de aprendizagem, bem como os procedimentos indicados para o trabalho na EJA e socializar algumas propostas de trabalho que promovam a inclusão educacional, profissional e social desses alunos.